RENNAN SETTI JULHO 13, 2020
A Superpesa, carioca especializada na movimentação de cargas especiais, finalmente concluiu seu processo de recuperação judicial após quase seis anos.
Conhecida por ter operado em várias ocasiões as balsas com os fogos no Réveillon de Copacabana, a companhia foi uma das primeiras baixas da crise que atingiu os setores naval, de óleo e gás e da construção civil em 2014, quando as repercussões da Operação Lava Jato e da recessão econômica enxugaram a demanda pelos serviços da Superpesa.
Quando iniciou o processo de recuperação, em setembro de 2014, a dívida da companhia estava em R$ 140 milhões (valor não atualizado). O principal credor era o Santander. Depois do processo, a dívida foi alongada e reduzida para R$ 70 milhões.
O deságio foi resultado de um aditivo, proposto em 2018, ao plano de recuperação que havia sido aprovado dois anos antes — a continuidade da recessão depois de 2016 dificultaria o cumprimento dos termos originais.
Segundo o advogado André Moraes, sócio do Moraes & Savaget e que representa a companhia, não houve deságio na dívida trabalhista, apenas na financeira. Mas o quadro de pessoal encolheu nesses últimos seis anos: a empresa entrou em recuperação judicial com uma equipe 900 e tem agora 650 funcionários, disse Moraes.
— A empresa não parou de funcionar durante esses anos. Mas o fato de estar em recuperação judicial gerava prejuízos, dada a maior dificuldade para encontrar clientes estando nessa situação. Agora, esses empecilho não existe mais — afirmou o advogado.
O processo de recuperação foi coordenado em parceria com a ARM Gestão. O administrador judicial nomeado pela Justiça foi Filipe Campello.
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